terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Esclarecendo alguns ditos populares


 No nosso dia-a-dia nos pegamos usando várias dessas expressões para expor nossos pensamentos. Os ditos populares fazem parte da nossa cultura, dão um toque especial a linguagem informal. Os ditos populares são textos mínimos de autores anônimos que é várias vezes repetido e se baseia no senso comum de um determinado meio cultural, como por exemplo: “antes ele do que eu”.

Vamos conhecer e entender alguns: 


Afogar o canso: No passado, os chineses costumavam satisfazer as suas necessidades sexuais com gansos. Pouco antes de ejacularem, os homens afundavam a cabeça da ave na água, para poderem sentir os espasmos anais da vítima. Daí a origem da expressão, que se refere a um homem que está precisando fazer sexo.
Salvo pelo gongo:  Refere-se a escapar de uma encrenca por uma fração de segundos.
A origem desse ditado é da Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz.
Comer com os olhos:  Apreciar de longe a comida sem tocar.
 Na Roma Antiga, uma cerimônia religiosa fúnebre consistia num banquete oferecido aos deuses em que ninguém tocava na comida. Apenas olhavam, “comendo com os olhos”. A propósito, o pesquisador Câmara Cascudo diz que certos olhares absorvem a substância vital dos alimentos.
Quem não tem cão caça com gato: Ou seja, se você não pode fazer algo de uma maneira, busque alternativas e faça de outra.
A expressão com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia “quem não tem cão caça como gato”, ou seja,  aja astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

Sangria desatada: Desespero para solucionar algo ou realizar coisa imediata.
 Esta expressão teve origem nas guerras, onde se verificava a necessidade de cuidados especiais com os soldados feridos. É que, se por qualquer motivo, se desprendesse a atadura posta sobre as feridas, o soldado morreria, por perder muito sangue.
Apressado come cru: Antigamente, era preciso muito tempo para a comida ficar pronta, ou então comê-la crua. Nessa época, a culinária japonesa ainda não estava na moda e comida crua era vista com maus olhos. Assim, a expressão passou a ser usada para significar afobamento, precipitação.


Chegar de mãos abanando: Chegar em algum lugar sem levar nada, de mãos fazias.
Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra. Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos abanando, davam um indicativo de que não vinham dispostos ao trabalho árduo da terra virgem.
Chorar as pitangas: Sim, refere-se à aquelas deliciosas frutinhas vermelhas. A palavra deriva de pyrang, que, em tupi-guarani, significa vermelho. Sendo assim, a provável relação da fruta com lágrimas, vem do fato de os olhos ficarem vermelhos, parecendo duas pitangas, quando se chora muito.

O pior cego é o que não quer ver: Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel.

Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos.
O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver. Atualmente, o ditado se refere a a alguém que se nega a admitir um fato verdadeiro.

Quem tem boca, vai a Roma: Expressão que significa que a pessoa deve se comunicar para atingir seus objetivos. É empregada erroneamente, pois o correto seria dizer "quem tem boca vaia (do verbo vaiar) Roma"



Espero que tenham gostado. Deixem comentários. 
Bjs!

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